Teoria do Fato é um método de investigação que o Ministério Público Federal introduziu na Lava Jato. É um nome vistoso para uma metodologia utilizada empiricamente por repórteres na cobertura de casos complexos.

2013: as selfies revolucionárias horizontais e apolíticas: Vou analisar de forma particular sobre as Jornadas de Junho, para ampliar o debate. Para analisar as Jornadas de Junho de 2013 é preciso entendê-la acima de tudo como o resultado de um Processo Histórico, envolvendo dois elementos centrais:

É indiscutível que a compreensão da situação brasileira atual passa pelo entendimento sobre o que, de fato, aconteceu em 2013. Em março de 2013 a aprovação de Dilma era de 79%, em junho era de pouco mais de 30%. Saliente-se que em 2013 não houve deterioração efetiva de nenhuma variável econômica.

No 1º de Maio, Dia do Trabalhador, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro Moro, anunciou a intenção de chamar uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Carta Magna para o país.

Após defender o impeachment de Dilma, conglomerado agora orquestra a saída de Temer e aposta em eleições indiretas. Jornal da Globo, o último noticiário do dia da emissora, teve duas edições no dia da divulgação da denúncia contra Temer

A Folha publica hoje que “o ministro da Casa Civil do governo Michel Temer, Eliseu Padilha, pediu, recebeu e gerenciou propinas e caixa dois durante os últimos três governos federais”.

Quando Temer embarcou na aventura golpista, não o fez sem antes estar municiado até os dentes de todas as garantias legais para não ser derrubado por uma espécie de "contra-golpe". Entrou no poder com um exército de advogados na retaguarda. Os melhores que o dinheiro podia comprar.

A renúncia de Michel Temer proporcionaria o desfecho menos turbulento ao lodaçal de Brasília. As saídas concorrentes contam com exagerado número de participantes em conflito e não estancarão a balbúrdia em nenhum dos casos.

O Supremo Tribunal Federal tem uma dívida para com a democracia brasileira: não impediu, com argumentos jurídicos e com sua autoridade de guardião da Constituição, que fosse politicamente consumado pelo Congresso um golpe contra a presidente eleita Dilma Rousseff, deixando ir em frente um processo de impeachment viciado.

No novo jogo da globalização, a elite brasileira escolhe o lado errado para se aliar. Ao invés do grandioso projeto de desenvolvimento multilateral deste início do século 21, em marcha desde a Eurásia, predomina a opção das forças reunidas em torno do governo Temer pelo projeto de armamento político-militar sob a liderança dos Estados Unidos.