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O amor dói, mas nós seguimos amando. Por Robb Todd
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Comportamento
Sunday, 14 August 2016 02:39

Robb_ToddApesar dos inúmeros alertas em contrário por parte da ciência e da estatística, as pessoas continuam se apaixonando umas pelas outras.

 

“As chances de ter um casamento feliz não devem passar de uma em três”, escreveu David Brooks no “New York Times”.

Isso é especialmente desanimador, visto que um estudo de longa duração sobre a felicidade salienta a importância das relações com pessoas amadas, informou o jornal.

Nem Shakespeare conseguiria escrever um soneto para consolar amantes malfadados depois de ler estes números: 15% a 20% dos cônjuges que estão felizes no relacionamento dizem que essa felicidade vem do sexo, enquanto 50% a 70% dos cônjuges infelizes atribuem seu desespero ao mesmo motivo, relatou Brooks.

Um relacionamento infeliz não destrói apenas corações. Outro estudo apontou uma ligação entre a maneira como um parceiro briga e os problemas físicos que desenvolverá posteriormente. O “NYT” noticiou que pessoas que “ferviam” de raiva durante discussões tinham mais propensão a problemas cardíacos que as que se mantinham calmas. Se a pessoa dá respostas evasivas ao cônjuge, há um risco maior de dores no pescoço e nas costas. As únicas reações seguras, segundo o estudo, são ainda mais deprimentes: tristeza e medo.

Com tantas brigas, certamente há suficientes casais em conflito para que cardiologistas e quiropatas possam se dar ao luxo de ter iates.

Os relacionamentos sem amor também afetam a saúde — e as finanças futuras — dos filhos. “Bebês que tiveram padrões de apego ruins tinham, aos 32, quase o triplo de propensão a doenças crônicas do que os bebês que tiveram uma relação de apego mais segura”, escreveu Brooks. Ele acrescentou que homens criados em famílias infelizes ganhavam 50% menos ao longo das suas carreiras e tinham mais propensão à demência do que homens criados em lares felizes.

A falta de amor nos relacionamentos, no entanto, raramente é uma questão de incompatibilidade. Apenas 0,5% da satisfação conjugal decorre da semelhança com o parceiro, segundo um estudo com 23 mil casais.

“A compatibilidade é uma conquista do amor, não deve ser a pré-condição”, escreveu Alain de Botton no “NYT”.

Essa é uma boa notícia, pois, para ele, é quase certo que todo mundo vai se casar com a pessoa errada. Porque não há pessoa certa.

“A capacidade de tolerar diferenças com generosidade é o verdadeiro indicador da pessoa ‘não errada demais’”, escreveu Botton.

Em vez de abandonar um casamento insatisfatório, ele disse que as pessoas deveriam deixar de lado “a ideia romântica sobre a qual a compreensão ocidental do casamento se baseia há 250 anos: a de que existe um ser perfeito capaz de satisfazer todas as nossas necessidades e o nosso desejo.”

Escolher um parceiro é “apenas questão de identificar por qual variedade particular de sofrimento mais gostaríamos de nos sacrificar”, afirmou Botton.

Qualquer que seja o tipo escolhido, há uma coisa simples que pode ajudar.

O corpo percebe a tristeza amorosa com uma dor física, escreveu Melissa Hill no “NYT”. “O amor ativa os mesmos centros neurológico de recompensa que a cocaína, e perder o amor pode ser como passar por uma abstinência após largar de repente as drogas ou o álcool.”

Felizmente, um estudo constatou que o paracetamol reduz as reações físicas e neurológicas associadas a esse tipo de dor.

“Então, se o sofrimento é tanto que chega a causar dor de cabeça”, escreveu ela, “experimente tomar um Tylenol.”

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Casal dança tango em Buenos Aires. Pares perfeitos são muito raros (Natacha Pisarenko/Associated Press)
 http://nytiw.folha.uol.com.br/?url=/folha/content/view/full/45603

 

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Last Updated on Sunday, 14 August 2016 02:52
 

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