O jornalismo de guerra da mídia suprimiu o fato de que Rafaela foi favorecida por um programa de Dilma. Por Paulo Nogueira |
Cidadania | |||
Wednesday, 10 August 2016 03:49 | |||
Funciona assim: você não dá nada que possa ser positivo para seu inimigo. Você não dá sequer a verdade, como no caso da bolsa dada a atletas pobres como Rafaela. Ninguém na imprensa lembrou, por exemplo, que a Olimpíada foi uma conquista pessoal de Lula. Graças a Lula, a Globo faturou com os jogos 1,5 bilhão de reais, mas a cultura jornalística da casa é tão perniciosa que a origem da Rio 2016 obliterou Lula. Rir ou chorar? Rir. Montaigne, em seus Ensaios, contrapôs dois sábios da Antiguidade. Um deles, diante da miséria humana, chorava. O outro ria. Montaigne recomendava a segunda alternativa: rir. Riamos, então. Fora a canalhice da mídia, o caso Rafaela mostra que os programas sociais devem ser, todos eles, ampliados. No esporte, e não só nele. Uma sociedade tão brutalmente injusta e desigual brasileira só vai se tornar decente com a expansão e continuidade de programas sociais. Mas Temer, o indesejado, acena exatamente com o contrário. É preciso registrar ainda como o PT foi ruim na divulgação de programas como o Bolsa Pódio. 600 milhões por ano em publicidade federal na Globo e jamais o Bolsa Pódio foi citado nem em propaganda e nem, muito menos, editorialmente em nenhuma das múltiplas mídias dos Marinhos. Perdemos todos com isso. Rafaela ganhou — mas a mão de Dilma estava presente também. Mão invisível, como a mídia a trata, mas fundamental. A mão invisível de Dilma foi vital no ouro de Rafaela Artigo publicado originalmente em http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-jornalismo-de-guerra-da-midia-suprimiu-o-fato-de-que-rafaela-foi-favorecida-por-um-programa-de-dilma-por-paulo-nogueira/
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