O desmascaramento de um juiz parcial. Por Juca Kfouri |
Cidadania | |||
Wednesday, 24 March 2021 06:12 | |||
Um amigo até pediu que eu fosse mais cauteloso, porque a sociedade toda estava entusiasmada com o então juiz — que virou ministro da Justiça e hoje advoga para empresas que levou à quebradeira. O andamento de sua atuação com investigador, julgador, sentenciador e carcereiro demonstrou claramente quem é. E a frase de Jair Bolsonaro, em 8 de novembro de 2019, comprova: "Se essa missão dele não fosse bem cumprida, eu também não estaria aqui, então em parte o que acontece na política do Brasil, devemos a Sergio Moro". Pois eis que hoje, pouco depois de se completarem sete anos de Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal sentenciou que Moro foi parcial em seu trabalho, o que, somado à anulação de seus atos, por decisão de outro ministro do STF, faz dele aquilo que sempre foi: inconfiável. E, justiça se faça, durante 580 dias na prisão, o ex-presidente Lula, garantiu que este dia chegaria, com a desmoralização de Moro e sua turma. Jornalistas podem não ser neutros, mas devem ser imparciais. Juízes, de futebol e de Direito, têm a obrigação não só da imparcialidade como, também, da neutralidade. Moro não foi nem uma coisa nem outra. É constrangedor que esteja solto.
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Last Updated on Thursday, 25 March 2021 06:20 |
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