Não basta prender e cassar Cunha: é imperioso devolver a Dilma o que lhe foi tirado por uma conspiração de ladrões. Por Paulo Nogueira |
Dando o que Falar | |||
Wednesday, 08 June 2016 05:05 | |||
Isso não deve sair das vistas dos brasileiros neste momento em que fica ainda mais aguda a crise política e moral nacional. O impeachment é Cunha. É tão viciado, tão canalha, tão desonesto, tão mentiroso quanto Cunha. Suprimir Cunha, mas manter sua obra magna no campo do gangsterismo, o impeachment, é uma insanidade. É fazer uma obra vital apenas pela metade. É promover somente 50% de justiça num caso que clama 100% ou mais. Cunha é o símbolo supremo de um sistema político putrefato. Foi eleito pelo dinheiro da plutocracia e fez do Congresso um meio de se tornar abjetamente rico. Importante lembrar: não fossem as autoridades suíças, que deram de bandeja às brasileiras as provas de contas milionárias de Cunha no exterior, ele seguiria impune. A plutocracia protege os seus: Cunha durante trinta anos foi blindado pela mídia. E Cunha não é só Cunha. Como foi dito numa das conversas gravadas por Machado, “Temer é Cunha”. São almas gêmeas. Várias coisas os unem. Por exemplo, a Libra, empresa de logística que opera no porto de Santos. A Libra colocou 591 mil reais na conta da senhora Cunha. Foi doadora expressiva de Temer. E aliados de Temer concederam uma mamata inédita para a Libra: renovaram sua concessão no porto de Santos mesmo com as dívidas da empresa com a União. Cunha é o impeachment e é Temer. Tudo isso posto, repito: será um serviço incompleto, miseravelmente incompleto, cassar e prender Cunha sem reparar o mal maior que ele produziu: o afastamento de Dilma e a incineração de 54 millhões de votos. Almas gêmeas Artigo publicado originalmente em http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-basta-prender-e-cassar-cunha-e-imperioso-devolver-a-dilma-o-que-lhe-foi-tirado-por-uma-conspiracao-de-ladroes-por-paulo-nogueira/
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