No reino de Gilmar, a aula de democracia do juiz que soltou os jovens presos pela PM. Por Kiko Nogueira |
Dando o que Falar | |||
Wednesday, 07 September 2016 07:09 | |||
O primeiro é Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinou a liberação de 18 dos 26 jovens presos arbitrariamente pela PM antes do protesto contra Temer no domingo. Na decisão, Camargo traçou um retrato da arbitrariedade do ato policial e referiu-se à ditadura:
O “temerário” é obviamente suspeito, mas fica a seu critério achar que o termo tão bem empregado é uma alusão ao golpista. Havia outras palavras para usar e aquela, provavelmente, não foi por acaso. Como disse Dalton Trevisan a respeito da traição de Capitu, um personagem só tira o chinelo numa página se estiver resfriado na seguinte. Já em Belo Horizonte, o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara da Justiça Federal em MG, estava de plantão num fim de semana quando expediu três alvarás de soltura para um caso de comércio ilegal de cigarros. No despacho, Tomaz diz que “não há causa justa para a manutenção da prisão”. Em seguida: “Efetivamente, o custodiado está a ganhar seu pão, enquanto os bandidos deste país, que deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na democracia”. Nem tudo está perdido no reino de Gilmar Mendes. O juiz Camargo: qualificar os manifestantes como criminosos é “temerário” Artigo publicado originalmente em http://www.diariodocentrodomundo.com.br/no-reino-de-gilmar-a-aula-de-democracia-do-juiz-que-soltou-os-jovens-presos-pela-pm-por-kiko-nogueira/
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