Com PEC 241, calamidade no SUS e ensino público. Por Tereza Cruvinel |
Dando o que Falar | |||
Monday, 24 October 2016 23:36 | |||
Segundo a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) na virada de 2015 para 2016, mais de um milhão de estudantes deixaram as escolas particulares, número que pode dobrar agora, com o final do ano letivo. As redes publicas estaduais de ensino já se preparam para a pressão elevada por matrículas para o ano que vem. Em algumas unidades da federação, inclusive no Distrito Federal, as secretarias de ensino já estão com pedidos de inscrição abertos para facilitar o planejamento em relação à explosão de demanda que é esperada. A falta de vagas deve aquecer os protestos estudantis que já ocupam mais de mil escolas no país contra a reforma do ensino médio e a PEC 241. A Agência Nacional de Saúde Suplementar estima que até o final do ano cerca de dois milhões de brasileiros terão cancelados seus planos. Em agosto, 1,8 milhão já haviam feito isso. A migração, produto da crise e do achatamento da renda das famílias, produzirá um aumento colossal da pressão por atendimento na rede pública de saúde. O número de migrantes será ainda maior se considerado o fato de a maioria dos planos é familiar, incluindo dependentes, e não individual. Esta demanda também aumenta num momento crítico para o SUS. Algumas unidades da federação vivem uma crise aguda de atendimento na rede público, notadamente o Distrito Federal, onde faltam médicos e medicamentos nas unidades, e no Rio de Janeiro, onde médicos e funcionários estão tendo o pagamento de salários atrasado ou parcelado. Artigo publicado originalmente em http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/261891/Com-PEC-241-calamidade-no-SUS-e-ensino-público.htm
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