A lista dos jornalistas que apoiaram o golpe e hoje fingem que descobriram agora que Temer é um lixo. Por Pedro Zombarda |
Dando o que Falar | |||
Sunday, 29 October 2017 06:45 | |||
O colunista também deu repercussão às denúncias de Joesley Batista e da JBS, que atingiram o núcleo duro do PMDB. Merval Pereira, no entanto, continua obcecado com o lado que perdeu. Diz que Lula está frito se a Justiça agir da mesma forma que julgou José Dirceu. No dia 31 de agosto de 2016, afirmou que o PT estava no “fim da linha”. Disse que “narrativa do golpe” do partido não colava mais pois estava “começando a se desfazer”. Ainda escreveu que Jose Miguel Vivanco, presidente da Human Rights Watch, disse que os brasileiros devem ficar “orgulhosos” de um processo de impeachment na “normalidade democrática”. Para dar uma força a Michel Temer no começo da gestão, Merval Pereira chamou o fim do governo Dilma de “gestão caótica”. E o colunista do Globo defendeu que o presidente deveria exibir isso para fazer as reformas econômicas necessárias. Parece que nem a “normalidade democrática” e nem as reformas duraram. E nada do imortal fazer um mea-culpa pelo apoio que ele próprio, Merval, deu ao governo Temer inicialmente. 4. Carlos Alberto Sardenberg Guru da economia do grupo da família Marinho, Sardenberg ficou imortalizado por seus gráficos exagerados no Jornal da Globo de Waack, sempre atacando Dilma e o PT, e do otimismo com Temer no começo do governo. Agora, a roubalheira está tão no ar que até ele virou-se contra quem iria salvar o Brasil da corrupção. Com a delação de Josley, Carlos Alberto Sardenberg sacramentou que a “calmaria acabou” e fez diversas colunas no jornal O Globo condenando o assalto aos cofres públicos feito por Michel Temer. Afirmou em julho que “reforma com corrupção não funciona”. Mesmo com o parecer da CPI afirmando que não há rombo na Previdência, Sardenberg continua apoiando as reformas. Talvez ele nem saiba direito sobre o que está falando. 5. Time da GloboNews Renata Lo Prete, Cristiana Lôbo, Gerson Camarotti, Leilane Neubarth e Andreia Sadi agora denunciam com afinco as denúncias sobre os dólares de Geddel Vieira Lima e a corrupção do PMDB. O canal informativo da Globo omite o apoio que deu aos protestos do MBL de Kim Kataguiri. Chegou a exibir o pato amarelo inflado em todo o seu horário de noticiário, dando um espaço minúsculo para manifestações de esquerda. Entre todos os âncoras e comentaristas, Camarotti lembrou em seu blog no G1 que Dilma “já estava inviabilizada por falta de governabilidade”. No dia seguinte do impeachment, em 1º de setembro de 2016, Gerson Camarotti classificou a fala da ex-presidente como “discurso de guerra”. O mesmo apresentador da GloboNews também afirmou naqueles dias o vermelho e a estrela, cores e símbolos do PT, estavam em baixa nas eleições. Um ano depois, o Partido dos Trabalhadores é o que mais cresce no Brasil em número de filiados, enquanto o PMDB e o PSDB são os mais rejeitados. Lo Prete e Cristiana Lôbo repercutem os “furos” e comentários de Camarotti diretamente de Brasília. 6. William Waack Embora não tenha escondido o sorriso quando Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, Waack agora nos brinda no final de noite com denúncias envolvendo Michel Temer. Ele ainda torce pelo governo Maurício Macri na Argentina, mesmo com a vitória da ex-presidente Cristina Kirchner para o Senado, mas parece ter perdido as esperanças com o governo brasileiro. 7. Arnaldo Jabor Depois de anos dedicado aos ataques contra lulopetismo, somente agora os ouvintes de Jabor na CBN descobrem que existe corrupção no governo Temer e por parte de tucanos como Aécio Neves. O próprio Jabor condenou a atitude do Senado ao “barrar a Lava Jato” salvando a pele de Aécio. 8. Diego Escosteguy Responsável por divulgar vazamentos das operações da Polícia Federal e decisões do juiz Sergio Moro, Escosteguy até agora não conseguiu explicar como entrevistou Eduardo Cunha fora de “qualquer local do sistema prisional”, segundo ele mesmo. Em março de 2016, Escosteguy antecipou com sadismo em sua conta no Twitter a condução coercitiva do ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo. No especial da Época sobre o impeachment, o jornalista acusou Dilma de fazer “discurso moralista” ao denunciar o golpe. Tratou a turbulência política como uma “falha de comunicação” da ex-presidente Dilma Rousseff com aliados e ex-aliados. Hoje ele questiona os erros do STF e continua dando show no Twitter, tratando seus seguidores como plateia de leilão de gado. Depois de tudo, é mandado para “novos desafios” por seus donos. A vida não é justa. Artigo publicado originalmente em http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-lista-dos-jornalistas-que-apoiaram-o-golpe-e-hoje-fingem-que-descobriram-agora-que-temer-e-um-lixo-por-zambarda/
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