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“Com ou sem negociação, o objetivo russo será alcançado”. Por Paul Craig Roberts [*]
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Dando o que Falar
Monday, 14 March 2022 04:51

paul_c_roberts2Na sexta (11) completei um artigo importante sobre as sanções e os seus impactos. Como os leitores de sábado são em menor número, estou a retê-lo para ser divulgado amanhã.

Para já, uma breve atualização sobre a situação na Ucrânia. A máquina da mentira ocidental continua a falar da “invasão russa da Ucrânia”, mas não se trata de uma invasão da Ucrânia. Trata-se de uma operação militar limitada para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. As forças russas cercaram Kiev, mas estão a operar apenas no leste e sul da Ucrânia, onde a maior parte das forças ucranianas e milícias neonazista estavam a preparar uma invasão das repúblicas de Donbass. As forças ucranianas e neonazista estão cercadas e isoladas. Várias das cidades que detinham estão a ser evacuadas pelas forças russas e do Donbass. Os russos prefeririam negociar a rendição das forças ao invés de ter baixas, tanto das tropas russas como dos civis ucranianos, ou de ter de limpar as ruas de neonazista, mas não há ninguém com quem negociar. O presidente titular ucraniano, Zelensky, é apenas um fantoche de Washington. Com ou sem negociação, o objetivo russo será alcançado.

A conversa dos presstitutos sobre o envio de antigos jactos de combate da Polónia, exércitos mercenários, estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, é um disparate. A superioridade russa no ar e no solo é total. Qualquer intervenção deste tipo seria rapidamente destruída.

A minha preocupação tem sido que o objetivo limitado da Rússia e o cuidado que as forças russas têm tido em evitar a destruição maciça de centros civis irá prolongar a guerra e dar tempo ao Ocidente para cometer dois erros estratégicos: montar uma campanha de psyops (operações psicológicas) que envenenará permanentemente as relações entre o Ocidente e a Rússia, tornando a guerra nuclear mais provável no futuro, e dando tempo aos idiotas do Ocidente para se meterem numa guerra mais vasta. A minha preocupação foi validada. O ódio generalizado contra os russos foi criado pelos governos ocidentais e pelos presstitutos, assim como por muitos senadores dos EUA. Impelidos pelos neoconservadores, estão a promover uma guerra mais vasta. Mas o Pentágono e a Europa têm resistido a intervenções que ampliariam a guerra pois uma guerra mais vasta significa a destruição da Europa.

Há um lado bom na psyops contra a Rússia. A ruptura de relações comerciais está a demolir o mal do globalismo. Até mesmo a Europa fala agora em tornar-se autossuficiente em alimentos, energia e defesa, com a Alemanha a prometer ser independente da energia russa até ao próximo Inverno, o que parece ser uma falsa esperança. A retirada de empresas alemãs e americanas das suas operações na Rússia cria oportunidades para que as empresas russas tomem o seu lugar. Isto será um grande benefício para a Rússia, uma vez que o rendimento russo permanecerá na Rússia ao invés de ser repatriado para a Alemanha e os EUA. A Rússia nunca deveria ter permitido tanta propriedade estrangeira, mas o governo de Ieltsin era demasiado fraco para impedir a Rússia de ser violada pelo Ocidente.

A experiência frustrante da Rússia com o Ocidente pode também quebrar as costas da quinta coluna da Rússia, o que tem impedido o Kremlin de prestar uma atenção mais completa ao interesse da Rússia. Os integracionistas atlantistas estão enamorados do Ocidente e dispostos a sacrificar a soberania russa à integração no globalismo ocidental. Uma vez livre desta influência, a Rússia pode virar-se para Leste, virar as costas ao Ocidente e assim afastar-se de relações frustrantes que acabariam por conduzir a uma grande guerra.

Chegámos ao ponto em que a paz exige a retirada da Rússia da interação com o Ocidente. Os aliados naturais da Rússia são a China e a Ásia, e a superioridade militar da Rússia pode proteger o desenvolvimento da Rota da Seda da intervenção dos EUA. Como o próprio Putin afirmou, o mundo ocidental despojou e rejeitou os seus próprios valores e está a desintegrar-se na corrupção e no deboche.

12/março/2022

[*] Economista. Antigo secretário-assistente do Tesouro dos EUA.
Artigo publicado em resistir.info

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