"Por que a convocação das instituições organizadas não recebeu o apoio da multidão que abalou a sociedade nos dias presentes? Afinal, não foi um chamado para o Dia Nacional de Lutas?", pergunta Fernando Magalhães, professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFPE, em artigo publicado pela Rede Univesidade Nômade.

Amadores e profissionais do mundo político parecem de acordo num ponto: Dilma Rousseff tem problemas de comunicação.

Elas surgem à esquerda e estão ligadas à tradição anti-autoritária de 1968. Mas correm risco: resvalar para direção oposta à original

Depois de uma conversa com a Sindia Bugiarda, cheguei à conclusão que, neste momento, não adianta se opor diretamente às bandeiras do Brasil, às palavras de ordem nacionalistas e aos slogans anticorrupção.

O governo da presidente Dilma Rousseff enfrenta momentos difíceis, definidos pelo baixo crescimento com aumento da inflação e pelas manifestações da classe média contra a classe política, que colocaram em cheque seu governo e causaram queda da sua popularidade.

Problemas no Inferno parecem compreensíveis – sabemos por que as pessoas estão protestando na Grécia ou na Espanha, mas por que é que há problemas no Paraíso, em países prósperos ou que, ao menos, passam por um período de rápido desenvolvimento, como a Turquia, a Suécia e o Brasil?

Um grande amor se mede pelo beijo, não pelo sexo.

Enfraquecer as organizações do movimento sindical constitui um objetivo do conservadorismo brasileiro desde 1954.

“As análises mais acertadas nesse primeiro momento foram as dos próprios manifestantes em seus movimentos coletivos e singulares. Apesar da diversidade das demandas, eles visivelmente se reconheceram e se encontraram na crítica aos atuais governantes da nação e gestores das cidades”, diz a pesquisadora.