| Parque Histórico Castro Alves comemora 50 anos de preservação do patrimônio do poeta e parceria com a comunidade |
| Friday, 05 March 2021 18:00 | |||
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Em 08/03, acontece a abertura da exposição fotográfica "50 anos do Parque Histórico Castro Alves" e às 16h, live especial com o ex-coordenador do parque, Helder Mello e a coordenadora do PHCA, Diogenisa Oliva. De 09 a 11/03, acompanhe a série de vídeos em homenagem ao PHCA (depoimentos de pessoas que vivem, trabalham ou viveram e trabalharam no local, além de amantes de poesia e de Castro Alves). Dias 12 e 13/03, vídeos com participantes e amigos dos Festivais de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves. Dia 13/03, às 15h, apresentação da história "Pitoco, o sariguezinho do PHCA", do projeto Sopa de Letras. E, em 14/03, homenagens pelos 174 anos de nascimento de Castro Alves. A responsável pela DIMUS, Fátima Santos, declara que o momento é de celebrar todo o trabalho que é feito em prol do patrimônio de Castro Alves, mas ainda mais o envolvimento e a inclusão da comunidade nas atividades culturais e socioeducativas do parque. “A cidade e a própria comunidade de Cabaceiras do Paraguaçu vem construindo uma parceria com o parque desde o início. Assim, o parque também contribui para o desenvolvimento da cidade e das pessoas”. A coordenadora do PHCA, Diogenisa Oliva, acrescenta que o público aproveita bastante todas as instalações do museu (instalado em um espaço com 52 mil metros quadrados) e as atividades diversas. "A cidade abraça maravilhosamente bem o parque. No parque desenvolvemos cursos, oficinas, palestras, ou seja, o público pode usufruir dos projetos socioeducativos permanentes e que dialogam com os ideais de Castro Alves e de valorização da comunidade. Trabalhamos para manter viva a obra de Castro Alves para que as novas gerações conheçam seus escritos e compreendam sua obra", ressalta Diogenisa Oliva. Um bom exemplo dessa parceria é a realização anual dos festivais de declamação de poemas de Castro Alves que fazem parte das comemorações de nascimento do poeta (em 2020 foram realizados o 6º Festival Infantil e o 19º Festival de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves). Crianças, jovens e adultos - de diversas regiões - participam do evento quando são selecionados os cinco melhores de cada categoria. Os jurados analisam originalidade (criatividade utilizada para a apresentação do poema), dicção (clareza das palavras pronunciadas), fluência verbal (correção e a pronúncia) e fidelidade ao texto (exatidão e o respeito a todos os versos e palavras do poema). O júri é composto por professores, historiadores, diretores de teatro, escritores, entre outros. Ex-coordenador do local, Helder Mello, disse que trabalhar no PHCA foi uma feliz e enriquecedora experiência. “Foi a oportunidade de colocar em prática toda uma série de teorias museológicas discutidas no âmbito acadêmico. Teorias de museus voltados para as pessoas, compromissados com a mudança de realidades e dedicados ao desenvolvimento social, ao fortalecimento do sentimento de pertencimento, utilizando como instrumento propulsor desses ideais a educação e a cultura, através da linguagem e dos meios próprios da museologia. Assim, fizemos da documentação museológica, da pesquisa, da exposição museográfica e das ações educativas, instrumentos de aproximação e pretexto para um diálogo permanente e profícuo com a comunidade cabaceirense. O PHCA, nessa trajetória cinquentenária, encontrou o seu caminho. E vai trilhando lindamente a sua estrada, configurando-se em um importante equipamento cultural, exemplo exitoso para os seus pares, que dignifica o nome do seu patrono e contribui, indubitavelmente, para o desenvolvimento social e cultural do município de Cabaceiras do Paraguaçu”, declarou. O PHCA Localizado a 170 km da cidade de Salvador, em Cabaceiras do Paraguaçu (BA), o Parque Histórico Castro Alves (PHCA) é um museu biográfico que funciona em um espaço com 52 mil metros quadrados. Situado na Fazenda Cabaceiras, onde nasceu Castro Alves (14.03.1847 – 6.07.1871), o museu foi inaugurado em março de 1971, por ocasião do primeiro centenário da morte do poeta baiano. É o lugar ideal para o público conhecer, pesquisar e mergulhar no universo do porta-voz literário da Abolição da Escravatura no Brasil. Além de acervo com objetos que pertenceram a Castro Alves e seus familiares, formado por fotografias, cartões-postais, manuscritos, livros, indumentárias, adornos pessoais, utensílios domésticos e artes visuais, o Parque Histórico dispõe de anexo com sala multimídia, auditório, biblioteca, infocentro, reserva técnica, refeitório e administrativo. Na área de Mata Nativa, os visitantes podem fazer uma trilha e visitarem o Pouso de Adelaide, o Anfiteatro, a Cruz da Estrada, a Fonte e o Marco da Fazenda. O público pode ainda usufruir dos projetos socioeducativos: Conhecendo as Nascentes; Sarau no Parque: Música, Poesia e Arte nos Finais de Tarde; Brincando no Parque como no Tempo de Nossos Avôs; Oficina de Teatro; Baú de Memórias e Sopa de Letras. Anualmente, o parque também promove o Festival de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves. O Parque Histórico Castro Alves integra o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult). Endereço: Praça Castro Alves, 106, Centro, Cabaceiras do Paraguaçu/BA. Contato: (75) 3681-1102. Castro Alves, o poeta
Antônio Frederico de Castro Alves, conhecido entre os amigos como Cecéu, nasceu na Bahia, em 14 de março de 1847. O poeta pertenceu à Terceira Geração da Poesia Romântica (Social ou Condoreira), caracterizada pelos ideais abolicionistas e republicanos. “Espumas Flutuantes”, “Gonzaga ou A Revolução de Minas”, “Cachoeira de Paulo Afonso”, “Vozes D'África” e “O Navio Negreiro” são algumas das obras do trovador baiano. Em 1862, ingressou na Faculdade de Direito de Recife, após ter feito o curso primário no Ginásio Baiano. Em 11 de novembro de 1868, caçando nos arredores de São Paulo, feriu o calcanhar esquerdo com um tiro de espingarda, resultando-lhe na amputação do pé, agravando a tuberculose, obrigando-o a voltar à Bahia, onde morreu, em 1871.
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