Podcast Axé das Plantas Traz no 3º Episódio A Umburana De Cheiro, usada pelas Comunidades Tradicionais Para Gripes, Resfriados e Bronquite |
Thursday, 01 August 2024 03:57 |
Na medicina popular é usada no preparo de lambedores, na forma de chás, macerações, xaropes e balas que podem ter uso para doenças do trato respiratório, como gripes, resfriados e até mesmo bronquite, bem como no alívio de dores reumáticas e espasmódicas. Até mesmo dores agudas como de dente e gastrointestinais (ou de barriga) podem ser atenuadas com a utilização da umburana. O podcast Axé das Plantas, com cinco episódios, tem lançamento quinzenal e fala das propriedades medicinais do Oriri, Quioiô, Umburana, Teteregun e Folha da Costa, plantas usadas no jarê, na umbanda, nas comunidades indígenas e no candomblé. Com apresentação de Victor Diógenes Silva e Vagner Rocha, dois doutores/pesquisadores negros nas áreas de neurofarmacologia e Estudos Etnicos, o podcast tem produção da Universidade Federal da Bahia em parceria com o podcast Viagem Gastronômica com Dr. Dendê e com apoio financeiro do Instituto Serrapilheira, e pode ser ouvido nas principais plataformas de áudio (spotfy, deezer, youtube). Neste episódio, os ouvintes vão conhecer melhor a Umburana de Cheiro, amburana, cerejeira, cumaru-do-ceará, entre outros. São tantos os nomes dessa árvore nativa do sertão nordestino e também por ser nativa, tão amada e representativa da região, mas também de seu povo. Vamos conversar com fontes que trarão visões complementares sobre os usos medicinais dessa planta, como: Otto Payaya, líder indígena, Prof. Eudes Velozo, Prof. Ygor Jessé, Dona Dalva, Dona Judite e Mãe Rosana do Terreiro Tulá. Também temos a Professora Doutora Érica Pereira, uma mulher preta, que durante seu projeto de mestrado no Laboratório de Bioquímica, Biotecnologia e Bioprodutos, do Instituto de Ciências da Saúde, da UFBA, estudando com a Professora Luzimar Gonzaga Fernandez, demonstrou que as sementes de Amburana usam o aumento da quantidade de compostos antioxidantes, dentre outras estratégias pra se protegerem da falta de água. A amburana tem uma marca identitária forte na caatinga nordestina, mas essa presença que já foi abundante hoje está sob ameaça tamanha a exploração da árvore. Está listada como espécie “Quase ameaçada” pelo grupo Centro Nacional de Conservação de Flora, no relatório de 2020, com chance de ser considerada “Vulnerável” com a persistência da exploração indiscriminada. O extrativismo da umburana tem sido tão intenso, que o risco de extinção é real, com levantamentos preocupantes feitos por organizações ambientalistas brasileiras e mais recentemente pelo próprio Ministério do Meio Ambiente do Governo Federal. Como contraponto a esse cenário alarmante, nos últimos anos, a árvore tem sido bastante indicada para ações de reflorestamento. Para promover o encontro de Victor Diógenes Silva, doutor em Ciência Animal nos Trópicos também pela Universidade Federal da Bahia e Pós-doutor em Neuropsicofarmacologia pela Universidade de La Habana – Cuba, e de Vagner Rocha, doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA, mestre em Cultura e Sociedade, especialista em Gestão Cultural e graduado em Produção Cultural , com sacerdotes, sacerdotisas, lideranças quilombolas e indígenas, e outros pesquisadores ligados à Academia, o projeto realizou gravações por Salvador, nas cidades de Cachoeira e Santo Amaro da Purificação [no Recôncavo Baiano], no Quilombo Remanso, no Território Indígena Payayá e na cidade de Boa Vista do Tupim [na Chapada Diamantina], e na Foz do Imbassaí. Foram 13 entrevistados: Dona Dalva Damiana, Dona Judite e seu neto Getúlio do Quilombo Remanso, Vovó Cici de Oxalá; Pai Pote do Ilê Axé Oju Onirê; Do Terreiro Guarani de Oxóssi: Mãe Márcia, Mama e Pai Carlinhos; Babalaxé Valmir Rocha do Lajuomin, Yá Rosana do Templo Tular, Otto Payayá, e os professores Eudes Velozo e Ygor Jessé. O podcast foi pensado a partir do projeto multidisciplinar “Neurofarmacologia de terreiro: estudo interdisciplinar para o desenvolvimento de fitoterápicos neuroprotetores aplicáveis no acidente vascular cerebral”, financiado PELA FAPESB. que está sendo realizado pelo pesquisador Dr. Victor Diógenes Amaral da Silva. Para mais informações acesse nossas redes sociais, @axedasplantas e https://web.facebook.com/profile.php?id=61559562251174 Equipe Técnica: Apresentação: Victor Diógenes Silva e Vagner Rocha Direção: Jazz da Silva Roteiro: Mônica Santana Edição: Danielle Freire Produção e Assessoria de Imprensa: Jean Cardoso Social Mídia e Editor de Vídeo: Romeran Ribeiro Design e Identidade Visual: Davi Barreto Captação de áudio: Léo Conceição, Omibulu, Tainã Pacheco e Uilami Dejan Trilha Sonora: Ekede Sinha Assessoria Científica: Deise Vilas Boas, Márcia Silva, Ravena Nascimento, Clarissa Schitine, Suzana Braga, Rafael Short, Florisvaldo Ramos, Lucas Oliveira, Mariana Pepe e Victor Diogenes Silva Mentores do Instituto Serrapilheira: Sarah Azoubel e Theo Ruprecht Estúdio de Gravação: Argumento 3 Sonoplastia: freesound.org |
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