A escandalosa troca de favores entre Temer e as revistas. Por Paulo Nogueira |
Dando o que Falar | |||
Sunday, 25 December 2016 03:39 | |||
Fomos obrigados a tolerar, primeiro, Eduardo Cunha, com o gangsterismo despudorado com o qual ele armou o golpe contra Dilma na presidência da Câmara. Logo em seguida veio Temer, o homem das 43 citações na primeira delação da Odebrecht. E o pior é que continuamos a viver como se isto fosse normal: sermos governados por pessoas claramente em conflito com a lei e os bons costumes. Pense. Em que outro país civilizado Temer teria resistido a acusações tão pesadas? E antes dele, Eduardo Cunha? Claro que a retribuição vem — com dinheiro público. Temer aumentou em 900% as verbas publicitárias destinadas às revistas. Qual a lógica disso, investir num meio em completa decadência? A resposta só pode ser uma: favorecer os amigos. (Especialmente os da IstoÉ, sua favorita, aquela que lhe deu o título de Homem do Ano.) Retribuir com dinheiro público. É indecente. Todos lembram. A cada migalha — eram migalhas, nem mais e nem menos — que o governo Dilma investia na mídia digital progresista, era um escândalo. Em seu republicanismo suicida, a administração das verbas publicitárias foi mais um dos erros que o PT cometeu. Temer está pagando para ser adulado. O PT pagou para apanhar. Não é justo. Mas quem disse que a vida é justa? Artigo publicado originalmente em http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-escandalosa-troca-de-favores-entre-temer-e-as-revistas-por-paulo-nogueira/
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